Paulista de Itapetininga Teddy Vieira de Azevedo, nascido no dia 13 de dezembro de

1922 e falecido há quase 30 anos, é o homenageado neste disco em que brilha a dupla

Zico e Zeca - uma das suas grandes e felizes descobertas. Teddy Vieira, esse gigante

da música regional brasileira, começou a se interessar pela cultura popular muito

cedo. Antes mesmo de sentar praça no Exército (chegou a tenente), Vieira já compunha

bonito que nem gente grande em 1946, tomando como temática a vida sertaneja. As suas

primeiras músicas gravadas em disco foram Preto de Alma Branca (parceria com Lauripe

Pedroso) e João-de-Barro (com Muibo Cury), em 1948.
A façanha - histórica - coube à dupla Mineiro e Manduzinho, que não obteve sucesso

e passou praticamente despercebida do chamado grande público, ao contrário do nome

Teddy Vieira que, como se sabe, não tardaria a ser elevado às alturas mais altas do

bom conceito que se faz ou já se fez de arte e cultura popular. Teddy Vieira foi um

grande! Zico, a quem seus pais Gabriel e Maria Rosa Paulino deram o nome de Antônio

Bernardo da Costa, nasceu em 1930; e o seu irmão, Zeca, Domingos Paulino da Costa,

em 1932. Anos bravos aqueles, de confusão e revolta na Capital paulista. Seu Gabriel

e dona Maria tiveram treze filhos, mas apenas quatro (Zico e Zeca e Liu e Léu) fizeram

da lira e da viola choradeira a sua razão maior de vida. Essa dupla, natural de

Itajobi, SP, está na estrada há mais de 40 anos. Começaram gravando um disquinho

sem-vergonha, daqueles grandões, pesados, de rotação acelerada, mas logo marcaram

presença com a moda de viola Besta Bailarina, de um certo José Maria. E nunca mais