Zé do Cedro e João do Pinho
Zé do Cedro e João do pinho são uma das duplas musicais que vem se destacando no
mundo das música sertaneja. Os dois começaram a cantar muito cedo, influenciados
pelos próprios pais. Zé do Cedro nasceu em Barra Dourada , SP e João do pinho nasceu
em Mendes Paulista SP, começaram sua carreira em 1979, lançando o primeiro disco pela
chantecler, Zé do cedro trabalhava a semana inteira em uma marcenaria e João do pino
em um clube, onde era zelador. Aos finais de semana cantavam em roda de violeiros.
No dia 9 de julho de venceram o festival harizona de música raiz, onde participaram
mais de 350 duplas, e passaram
para profissional em 1980, gravando seu primeiro disco.
Com a bênção dos pais Joaquim Baldoino Fernandes e Eteovira Maria de Jesus,
foram
violeiros e cantadores em 1923, onde passaram 54 anos cantando, ensinaram a seu filho
ser um bom cantador, seu pai faleceu em 1990. O nome verdadeiro de Zé do Cedro é José
Aparecido Fernandes e o de João do Pinho é João Fernandes dos Santos Vercesi. Usam
viola feita por Joacir de
Carvalho e violão da marca Andaluz.
Já tem lançado 6 discos de vinil e um CD, e estão com um trabalho em andamento.
João do Pinho, por problemas de saúde, está afastado da cantoria, sendo substituído
por João Pinheiro cujo nome
verdadeiro é Aníbal Eugênio Filho.
Por Zé Pinheiro
Em 1997 nasce a amizade e vem o convívio com os ídolos Zé do Cedro e João do Pinho
a quem o então Zé Campanha passa a acompanhar em shows fazendo pequenas participações
incentivado pela dupla. Assim após a doença de João do Pinho passa a ajudar a dupla
se apresentando ao lado de Zé do
Cedro com o nome de João Pinheiro.
Filhos de humilde casal de lavradores, cuja família foi constituída de treze
filhos,
José Aparecido Fernades e João dos Santos Fernandes , nasceram no Sertão dos Inácios,
município de Neves Paulista, Estado de São Paulo. Desde muito criança, demonstraram
um enorme interesse pela música e canto, herança de seus pais, Joaquim Baldoíno
Fernades e Etelvina Maria de Jesus, os quais se constituiam nos idos 1925, em
excelentes cantadores de viola. A numerosa filharada seguia à sombra dos pais,
o que redundou dentro da própria família, uma série de duplas que se revezavam
muitas vezes.
A primeira dupla formada pelos Fernandes foi constituída por José Aparecido
Fernades e seu irmão mais velho de nome Orlando. Cantaram algum tempo juntos para
depois, tendo em vista os apertos financeiros do pai, terem que encerar suas cantorias
em dupla para agarrarem a enxada na carpa de café da Fazenda Peróba, cujo talhão
constituído de 12000 pés ficaram
sob a responsabilidade da família Fernandes.
Enquanto o José Aparecido (Zezinho) não tirava da cabeça a idéia de cantar em
dupla
as músicas caipiras, seu irmão mais novo, o Joãozinho às escondidas de todos e com
apenas 6 anos de idade, aproveitando - se dos descuidos de todos fuçava a "Bernardino"
do seu pai Joaquim, num interesse incomum pela viola. Um dia surpreendido ao afinar
com perfeição suas cordas, revelava à todos a precocidade de quem seria um dos maires
instrumentistas da história da música raiz. Já residindo na cidade de Tanabi, a
família Fernandes lutava para obter dias melhores para todos. Foi aí que a dupla
junto - se novamente, para pela primeira vez enfrentar o microfone da rádio local
com o nome de Landinho e Zezinho;
mais o destino novamente separou a dupla.
E por mais paradoxal que possa parecer, não obstante o grande manancial de
cantores
que havia no seio da família, o Zezinho veio a conhecer na cidade de Poloni um cantor
dono de excelente primeira voz, nascendo assim a dupla Santão e Zé da Serra, a qual
viria a ganhar na região de São José do Rio Preto uma posição de grande destaque.
Quis porém o destino, que a dupla apesar do sucesso que vinha alcançando parasse
também. Paralelamente ao sucesso da dupla, o Joãozinho, já nesta época conhecido
pelos amigos como "Jõao Capim Gordura", tocava o violão com perfeição nas serestas
da cidade de Monte Aprazível.
Foi quando finalmente, o Zé da Serra juntou - se ao João Capim, nascendo assim a
dupla conhecida hoje em todo o Brasil com o nome de ZË DO CEDRO E JÕAO DO PINHO.
Uma excelente combinação de vozes e uma instrumentação que beira a perfeição.
Em julho de 1979, a dupla que estava disposta a enfrentar todo e qualquer tipo de
barreira para atingir o seu desiderato, inscreveu - se no Festival Arizona de
Violeiros, com a participação de 350 duplas do Estado de São Paulo. E na finalíssima
realizada na cidade de Barretos, foram declarados legítimos vencedores. Com isso,
veio então o primeiro LP gravado na Chantecler em 1980 com o título Zé do Cedro e
Jõao do Pinho - A DUPLA DA MADEIRA. Pela Chantecler participaram do LP do Festival
Arizona com duas faixas e do LP
NA BOCA DO FORNO com uma faixa.
No início da década de 80 se transferiram para a gravadora Tocantins e lançaram
o
segundo LP com a música Jacutinga que é até hoje o maior sucesso da dupla.
Participaram também do LP PORTEIRA PARA O SUCESSO com uma faixa. Ainda na Tocantins
lançaram mais dois LPs, OFERTA PARA SANTOS REIS e TANAKARA, passando após este último
LP quase 10 anos sem gravar.
Voltaram ao disco com o LP VOLTANDO ÀS RAÍZES pela gravadora Midi Records de São
José
do Rio Preto no ano de 1995 e em 1996 lançam o primeiro CD SERTAO QUERIDO pela
gravadora RFARAH também de São José do Rio Preto. Porém novamente o destino mudou
a carreira de Zé do Cedro; no final de 1998 João do Pinho descobre que é vítima de
um tumor cerebral e é operado em Rio Preto. Para que a dupla não parasse
definitivamente, o próprio João do Pinho convida um jovem fã que há mais de um ano
viajava com a dupla para que os auxiliasse nos shows até a sua recuperação, o que
infelizmente não aconteceu.
Assim mais um recomeço na vida do valente Zé do Cedro que agora ao lado de João
Pinheiro (Anibal Eugênio Vercesi Filho) continua empunhando bravamente sua viola
nos palcos deste Brasil, sempre
fazendo homenagens ao irmão.
João Pinheiro é natural de Campinas – SP mas mudou-se para Uberlândia em 1990,
onde
formou-se em veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia. Em 1996 mudou-se
para Belo Horizonte ingressando no mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal
de Minas Gerais. Nesta época foi entrando para o meio artístico pelas mãos de ninguém
menos que Irmãs Galvão, a quem João Pinheiro chama carinhosamente de madrinhas. Em
1997 nasce a amizade e vem o convívio com os ídolos Zé do Cedro e João do Pinho a
quem o então Zé Campanha passa a acompanhar em shows fazendo pequenas participações
incentivado pela dupla. Assim após a doença de João do Pinho passa a ajudar a dupla
se apresentando ao lado de Zé do
Cedro com o nome de João Pinheiro.
Texto retirado da Home Page Oficial dos Violeiros do Brasil
www.brasil.terravista.pt