Tião Carreiro e Pardinho
JOSÉ DIAS NUNES, ou TIÃO CARREIRO, nasceu em 13 de Dezembro de 1934 e faleceu em 15
de Outubro de 1993. Era um compositor invejável, e na viola era primeiro sem segundo.
Não seria exagero chamar o Rei do Pagode também de o Rei da Viola ou o Rei dos
Violeiros, já que foi ele quem deu à viola e à moda de viola status e sua devida
importância. Ele estava para a Viola assim como Pelé está para a bola. Que o diga
Almir Sater, um de seus mais fiéis pupilos. Conta-se que depois de ouvir Tião tocar,
Almir por pouco não desistiu da carreira de violeiro. A viola nas mãos mágicas de
Tião Carreiro parecia ganhar vida própria, pois tão bem se entendiam. Fez escola!
Cantou sob os pseudônimos de Zezinho, Palmeirinha, Lenço Preto e Zé Mineiro. Fez
dupla com Lenço Verde, Lenço Branco e Zé Mineiro. Lenço Verde e Coqueirinho eram
a mesma pessoa, Waldomiro, um primo de Tião. Nos anos 50, conheceu Diogo Mulero,
o Palmeira , que o apresentou a Teddy Vieira, e este lhe deu a oportunidade de
gravar o seu 1º disco , e o batizou de Tião Carreiro. Depois de gravar com Carrerinho;
fez dupla com Pardinho (que foi o parceiro que mais o completou); Paraíso e por final
Praiano.
ANTÔNIO HENRIQUE DE LIMA, ou PARDINHO,nasceu em São Carlos , em 14 de agosto
de1.932.
Mestre no Violão, sua destreza nos solos podem ser ouvidas em seus discos gravados.
Dono de um compasso incomparável, soube como ninguém dar a base perfeita para os solos
de viola de Tião. Em todas as duplas que formou, fêz sempre a primeira voz. Após o
rompimento da parceria com Tião,
fêz dupla com Pardal e depois com João Mulato.
Tião Carreiro e Pardinho, merecidamente cogminados "Os Reis do Pagode", são
inegavelmente os maiorais desse gênero musical paulista, criado por Teddy Vieira
(1922/ 1965) e Lourival dos Santos, em agosto de 1960. Em 1.954 se conheceram, e,
em 1.956 gravaram o 1º de uma série de 15 discos de 78 Rpm.A partir daí, nasceu a
dupla de maior fenômeno da música raíz. Tornaram-se ídolos! Cantaram em circos,
cinemas e teatros, e por muitas vezes se viram forçados a repetirem seus espetáculos
em duas ou três sessoões. Apresentaram-se em quase todas as cidade interioranas de
São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Paraná. Dupla simples e amiga de todos,
chegavam a se misturar à multidão admiradora, dada a sua simpatia e naturalidade.
Frequentemente encontravam-se com um sorriso nos lábios. Foram Artistas exclusivos
da Gravadora Chantecler. Tinham seus discos rapidamente esgotados e tudo que faziam
eram pensando em proporcionar
melhor qualidade artística ao seu imenso público.
Texto retirado da Home Page Oficial dos Violeiros do Brasil