Jacó e Jacozinho



 

 

O princípio eram Jacó, Jacozinho e Durvalinho, que formavam o Trio Flor da Mata, um

trio verdadeiro, de música originária das quebradas do mundaréu de meu Deus do céu.

Os três, que na pia batismal receberam, respectivamente, os nomes santos de Pedro,

Agostinho e Arlindo Jacob, nasceram na cidade paranaense de Caviúva. Jacozinho é o

chamado irmão do meio, nascido no dia 6 de abril de 1944. O trio desfez-se faz tempo.

O Trio Flor da Mata deu vez à dupla Jacó e Jacozinho, que o Brasil inteiro conhece

através de inúmeros sucessos, como Filho de Pobre, Terra Bruta e Homem sem Rumo,

quase todas de Moacyr dos Santos, que junto com Lourival dos Santos (nenhum

parentesco), autor do clássico Rio de Lágrimas (ou Rio de Piracicaba), continua

fidelíssimo à música de raiz.
Jacó e Jacozinho gravaram cerca de duas centenas de músicas, mas, no auge da fama,

problemas de ordem estritamente pessoal interferiram terrivelmente na vida de ambos

e a dupla acabou-se, em fim da década passada, para tristeza de milhares, talvez

milhões de admiradores espalhados por todo o Brasil. A história da família Jacob é

uma história triste, de muitas idas e vindas, altos e baixos e de muitos

desentendimentos. Por outro lado, o pai de Jacó e Jacozinho, João Jacob, era um

grande catireiro no Paraná. O povo o chamava de Jacó da Viola. Era um ás. A mãe,

Augusta Gomes, era uma pessoa simples, do lar, sempre apostando nos filhos, nos seus

nove filhos, mas nada deu certo e todos tomaram caminhos diferentes. Jacó morreu como

motorista e Jacozinho, hoje, trabalha numa empresa de segurança particular em

São Paulo e não grava há anos. O resto da familia anda por aí.
 

 

Texto retirado da Home Page Oficial dos Violeiros do Brasil

www.brasil.terravista.pt

 

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