Cacique e Pajé



 

 

Cacique e Pajé nunca foram índios de verdade, esclareça-se, apesar de um parentesco

distante com os caiapós de Rondonópolis. Cacique nasceu em Monte Aprazível, SP, no

dia 25 de março de 1935, e dos pais, Francisco Borges e Joana Geraldína de Oliveira,

recebeu o nome de Antônio Borges de Alvarenga, que cedo trocou pelos pseudônimos de

Rei do Gado e Ferreirinha, antes de o Brasil todo reconhecê-lo e aplaudi-lo como

parceiro de Pajé. Como Rei do Gado, Cacique gravou três discos. O nome verdadeiro

de Pajé era Roque Pereira Paiva.
Os pais de Pajé, Antônio Pereira e Cecília Verdoot, eram agricultores, como os pais

de Cacique. Pajé, que chegou a gravar com o pseudônimo de Boiadeiro, nasceu no dia

22 de agosto de 1936 e morreu no dia 5 de março de 1994; depois de perder a voz,

sofrer dois derrames e de lhe amputarem o braço e a perna direitos. Deixou uma viúva

e oito filhos.
Antes de assumirem o pseudônimo de Cacique e Pajé, dado por Tonico, da dupla Tonico

e Tinoco, Antônio Borges de Alvarenga. e Roque Pereira Paiva seguiram trilhas

paralelas. Antônio gravou o primeiro disco em 1970, com Joaquim Rodrigues, o Peão

Campeiro. Depois, o segundo e o terceiro com João Ferreira, e daí em diante com

Pajé. Nessa época, a dupla era conhecida como Índios Caiapós. Nos discos de Cacique

e Pajé gravados entre 1984 a 1988 - ocasião em que Pajé já andava meio adoentado,

o irrepreensível solo de viola que se ouve é de José Pereira de Souza, o Cachoeira,

que doravante deverá ocupar o espaço deixado por Pajé.

 

 

Texto retirado da Home Page Oficial dos Violeiros do Brasil

www.brasil.terravista.pt

 

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