Almir Sater
Almir Sater nasceu em Campo Grande (MS) em 1956. Com 20 anos, saiu da cidade natal
para estudar direito no Rio de Janeiro. Um dia, no largo do Machado, encantou-se com
o som de uma viola caipira tocada por uma dupla mineira. Desistiu da carreira de
advogado e voltou para o Mato Grosso. Tinha um ideal, ser músico e então começou a
seguir Tião Carreiro, violeiro que
foi seu mestre.
Na volta para Campo Grande, formou com um amigo a dupla Lupe e Lampião. Em 1979,
conheceu em São Paulo a conterrânea Tetê Espíndola, líder do grupo Lírio Selvagem.
Participou do Festival de Música da Rede Globo MPB Shell, com a música Varandas.
Gravou o primeiro disco na Continental, Almir Sater, em 1981.
O segundo, Doma (1982, RGE), marcou o encontro com o parceiro Paulo Simões.
Em 1984 formou a Comitiva Esperança, juntamente com seu novo parceiro e José Gomes,
que durante três meses percorreu mais de mil quilômetros do Pantanal, pesquisando
costumes e a música do povo mato-grossense. O trabalho resultou num filme de
média-metragem, lançado em 1985, e o elogiado Almir Sater Instrumental
(1985, Som da Gente), que misturava gêneros regionais – cururus, maxixes, chamamés,
arrasta-pés – com sonoridades urbanas.
Em 1986 lançou Cria (3M), inaugurando parceria com Renato Teixeira, com quem compôs,
entre outras, Trem de Lata e Missões Naturais. Em 1989 gravou em Nashville (EUA) o
disco Rasta Bonito (1989, Continental), encontro da viola caipira com o banjo
norte-americano. Nesse ano, tocou também no Free Jazz Festival, junto com músicos
renomados do Jazz e do Blues.
Em 1990, fora convidado para trabalhar na novela Pantanal, pelo autor Benedito Ruy
Barbosa, da TV Manchete, projetou-se nacionalmente, embora sua participação fosse
pequena, suas composições como Comitiva Esperança (cantada com Sérgio Reis),
Um Violeiro Toca (gravada por Renato Teixeira) e Tocando em Frente (gravada por
Maria Bethânia) estouravam nas paradas.
A viola ganha espaço no horário nobre da tv com a atuação deste excelente
instrumentista como um dos galãs, na novela Pantanal, desmistificando a imagem do
violeiro como caipirão, estilo "Jeca-Tatu" ou Mazzaropi. Resgatando o interesse e
o valor da música de raiz, com a inclusão de algumas de suas gravações na trilha
sonora dessa novela.
Depois dessa participação, emendou uma segunda novela, Ana Raio e Zé Trovão desta
vez como ator principal. E sua mais recente participação como ator, foi na novela
Rei do Gado, na TV Rede Globo, onde formava a dupla Pirilampo e Saracura com Sérgio
Reis. Gravou ainda Instrumental II (1990, Eldorado), Almir Sater ao Vivo (1992, Sony),
Terra dos Sonhos (1994, Velas) e Caminhos me Levem (1997, Som Livre), além de
coletâneas montadas muitas vezes à sua revelia.
Nos últimos anos, tem-se dedicado quase que exclusivamente a fazer shows pelo país,
com sua banda formada por seu irmão Rodrigo Sater (violão 6 cordas), Carlão de Souza
(violão de 12 cordas), Maestro José Gomes (violino), Maestro Luiz Lopes (teclados),
Papete (bateria e percusão), Reginaldo Feliciano (contrabaixo) e sua irmã Gisele Sater
(backing vocals).
Assista abaixo vídeos de Almir Sater